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Tradução e adaptação por Elisa – Equipe Emma Watson Brasil;
Desde que seus anos como Hermione terminaram, Emma Watson luta para afirmar sua própria identidade. Agora que ela encontrou sua voz – mais notavelmente como embaixadora da ONU – ela está renovando um estereótipo clássico, a princesa da Disney, em A Bela e a Fera,o musical live-action que será lançado em março. Watson fala com Vanity Fair sobre sua metamorfose de ‘child star’ para uma mulher liderante.
Emma Watson e eu estamos de pé na plataforma E da rua 23 de um trem na parte alta da cidade de Nova York e nós estamos espalhando as coisas. Literalmente. E “literaturalmente”. A atriz de 26 anos está espalhando cópias do livro de Maya Angelou, ‘Mom & Me & Mom’, em toda a estação, colocando-as entre os tubos, em bancos, no topo da caixa de emergência – na esperança de que os viajantes de Nova York os peguem e larguem seus smartphones. Esta exibição de desobediência civil foi concebida pelo ‘Books on the Underground’, uma organização londrina que deixa livros no transporte público para viajantes acharem. “Nós estamos sendo ninjas”, ela diz com um sorriso conspiratório enquanto ela escava em uma grande mochila preta de livros. “Se houvesse alguém para ser uma ninja, seria Maya Angelou.”
Watson é uma das mulheres mais famosas no mundo, a ‘child star’ que foi aos céus com fama global aos de 11 interpretando a inteligente Hermione Gramger nos filmes de Harry Potter. No mês que vem, ela está de volta ao cinema como Bela de ‘A Bela e a Fera’ da Disney, o filme de alto orçamento live-action musical – ela canta também! – que quebrou o recorde de trailer de um filme novo mais visto. (Isso é, 127 milhões de visualizações nas primeiras 24 horas, batendo o recorde de ’50 Tons Mais Escuros’.) Mas hoje ela está sem maquiagem, seus cabelos em um coque, e ela está vestindo um casaco de lã escura indescritível sobre um suéter preto largo, completamente misturada com massas distraídas de Nova York.
“É bom que estamos espalhando um pouco de amor”, diz ela. Quando tira o último livro, um trem pára na estação. Ela entra, coloca o exemplar em um assento, sai, e olha da plataforma enquanto as portas se fecham e um homem novo o pega curiosamente.
Acima do solo, tomando café numa cafeteria mais próxima, Watson explica por que ela acha que a leitura é “sagrada”. Há a razão óbvia e profissional: Harry Potter foi uma sensação literária antes de se tornar a franquia de blockbusters que a fez famosa e milionária. Mas os livros também estão enraizados em suas mais profundas experiências pessoais. “Livros me deram uma maneira de me conectar com meu pai”, diz ela. “Alguns dos meus momentos mais preciosos e que guardo com carinho…” Ela pára e, inesperadamente, para alguém que é conhecida por sua compostura, chora. Seus pais se divorciaram quando ela era muito nova. “Eu só me lembro dele lendo para mim antes de dormir e como ele costumava fazer todas as vozes diferentes. Eu cresci em sets de filmagem, e os livros eram minha conexão com o mundo exterior. Eles eram minha conexão com meus amigos da escola porque se eu estivesse lendo o que eles estavam lendo teríamos algo em comum. Mais tarde na vida, eles se tornaram uma fuga, um meio de capacitação, um amigo em quem eu poderia confiar.”
Eu conheci Watson, uma das exceções de de Hollywood à regra que todas as crianças famosas inevitavelmente somem, durante a Semana de Moda de Paris, mais de uma década atrás, quando ela ainda era adolescente e filmava o quarto dos oito filmes de Harry Potter. Foi como voltar para casa para a atriz – ela nasceu em Paris com pais britânicos, ambos advogados, e viveu lá até que ela tinha cinco anos – e um símbolo de sua maturidade na tela. Ela estava lá para assistir a seu primeiro desfile de moda, da Chanel, o que era uma grande coisa considerando que até então ela fazia compras na seção de damas de honra na Harrods ou pegava emprestado vestidos de sua madrasta para estreias de filmes.
Ela era uma adolescente tímida, mas amigável, inteligente, e pé no chão. Watson pode ser descrita da mesma forma hoje: “Ela é mais uma pessoa de verdade do que uma estrela de cinema”, de acordo com Gloria Steinem, que se tornou uma amiga quando Watson entrou em contato para discutir a mudança do rosto do ativismo feminista. O criador de Hamilton, Lin-Manuel Miranda, que se encontrou com Watson nos bastidores de uma performance do musical, resume: “Ela interpretou essa bruxa muito inteligente, consciente e nobre – e de alguma forma tivemos a sorte de que ela se tornou uma mulher inteligente, consciente e nobre.” (Eles fizeram um vídeo juntos – Miranda no freestyling, Watson fazendo beatboxing – para a conscientização para o Dia Internacional da Mulher. Teve mais de seis milhões de visualizações.)
Emma e eu pudemos nos conhecer, e eu a visitei nos set dos dois últimos filmes de Harry Potter. Mas quando o trem de Potter entrou em sua última estação, notei as nuvens de melancolia se formando sobre sua vida de conto de fadas. “Eu andava pelo tapete vermelho e ia para o banheiro”, ela lembra das últimas premieres. “Eu tinha tanta maquiagem e esses vestidos grandes, fofos. Coloquei as mãos na pia e me olhei no espelho e disse: “Quem é essa?” Eu não me conectava com a pessoa que estava olhando para mim, e isso era uma sensação muito perturbadora”.
O que poucas pessoas sabiam quando se matriculou na Brown University em 2009 foi que ela tinha um desejo de desistir de atuar e sair de Hollywood completamente. “Eu estava achando que essa coisa da fama estava chegando a um ponto sem volta”, ela lembra. “Eu sentia que se era algo para me afastar, era agora ou nunca.” Ela adorava performar e contar histórias, mas ela teve que lidar com as conseqüências de “ganhar na loteria”, como ela chama sobre ganhar o papel de Hermione, quando ela tinha nove anos de idade e literalmente ainda perdendo os dentes de leite. Quando adulta, “entendi que era isso com o que eu tinha que lidar.”
A pergunta que a maioria das pessoas fazem quando uma celebridade se queixa de ser famosa: Se você odeia tanto, por que continuar fazendo filmes? Watson se perguntava isso o tempo todo. “Eu faço isso desde que eu tenho 10 ou 11 anos, e eu sempre pensei, ‘eu sou muito errada para este trabalho porque eu sou muito séria’; Eu sou um saco; Sou difícil; Eu não me encaixo,” ela diz. “Mas ficando mais velha, eu percebi, ‘Não! Assumir essas batalhas, as menores e as maiores, é quem eu sou.'”
Ela encontrou recentemente a coragem de dizer não aos loucos por uma selfie. “Para mim, é a diferença entre ser capaz de ter uma vida e não. Se alguém tirar uma foto minha e publicá-la, dentro de dois segundos eles criaram um marcador exatamente onde estou dentro de 10 metros. Eles podem ver o que estou usando e com quem estou. Não posso dar oportunidade para isso acontecer.” Às vezes, ela vai recusar uma foto, mas vai oferecer um autógrafo ou até mesmo um bate-papo – “Vou dizer, ‘vou sentar aqui e responder a cada pergunta de Harry Potter que você tem mas eu simplesmente não posso tirar a foto” – e na maioria das vezes as pessoas não se incomodam. “Eu tenho que escolher com cuidado e escolher o meu momento para interagir”, ela diz. “Quando eu sou um flagra de celebridade versus quando vou realizar semana de alguém? Não digo não para crianças, por exemplo.”
Digo a Watson que vi outros atores, como Reese Witherspoon, andando pela rua e felizmente posando com os fãs – e de repente fica claro que os fãs de ‘Sweet Home Alabama’ são diferentes dos fãs de Harry Potter. Para a maioria e ocasionalmente pior, os livros e filmes de Potter não só captaram a imaginação de milhões de pessoas, mas, para muitos deles, mudaram suas vidas. É algo que Watson está profundamente ciente. “Eu conheci fãs que têm meu rosto tatuado. Conheci pessoas que usaram os livros de Harry Potter para superar o câncer. Eu não sei como explicar isso, mas o fenômeno de Harry Potter entra em uma zona diferente. Atravessa a obsessão. Uma grande parte de mim ao concordar com isso foi aceitar que esta não é a minha zona de conforto.” (Desde que o primeiro filme estreou, em 2001, quando Watson tinha 11 anos, houveram inúmeros incidentes com stalkers.) “As pessoas dizem ‘Você falou com Jodie Foster ou Natalie Portman? Eles teriam um grande conselho para você sobre como crescer no centro das atenções.’ Eu não estou dizendo que era fácil para elas, mas com as redes sociais é um mundo totalmente novo. Ambos disseram que a tecnologia mudou o jogo.” Quando ela estava na Brown, Watson foi para um jogo de futebol na Harvard e a The Harvard Voice, uma revista de estudantes, twittou ao vivo enquanto a equipe a perseguia no estádio. Lembro-me da festa de aniversário de 18 anos de Watson em Londres, os fotógrafos lá fora tinham uma recompensa por quem conseguisse tirar uma foto de sua saia. Ela não está exagerando em suas preocupações com segurança, também. Ela comprou sua casa sem ser vista por uma chamada do Skype com um agente imobiliário porque tinha uma entrada à prova de paparazzi. “Privacidade para mim não é uma ideia abstrata”, diz ela.
Watson tem um namorado, embora ela inflexível, veementemente se recusa a expor sobre ele. (A internet diz que ele se chama Mack, ele é bonito, e ele trabalha em tecnologia no Vale do Silício). “Eu quero ser consistente: eu não posso falar sobre meu namorado em uma entrevista e, em seguida, esperar que as pessoas não tirem fotos de paparazzi de mim andando fora da minha casa. Não dá pra ter as duas coisas.” Ela se ajeita e se pergunta se deve terminar este pensamento, e eventualmente ela termina: “Eu notei, em Hollywood, que quem você está namorando fica amarrado na divulgação do seu filme e se torna parte da performance e do circo. Eu odiaria que qualquer com quem eu estivesse ficasse a sensação como eles eram de alguma forma parte de um show ou um ato.”
Na faculdade, Watson era como a maioria das pessoas aos seus 20 anos, lutando para crisr sua própria identidade, só que ela fez isso na frente de uma base de fãs raivosos e um ciclo interminável de celebridades e novidades. Ela foi manchete internacional quando cortou as longas mechas de Hermione e fez um corte pixie. Não precisamos que Sigmund Freud leia o simbolismo desse corte de cabelo, e até hoje Watson declara: “Foi quando me senti mais sexy”.
Entrou na yoga e na meditação; Sendo a pessoa de Tipo A que ela é, no entanto, ela não estava satisfeita apenas com isso. “Típico da Emma”, diz Harry Heyman, produtor de Harry Potter, que permaneceu um amigo próximo. “Ela tinha que se tornar uma professora de meditação certificada.”
Watson evitou fazer filmes de grande orçamento e se concentrou em filmes menores, como The Perks of Being a Wallflower (2012) de Stephen Chbosky, e procurou diretores como Sofia Coppola com The Bling Ring (2013) e Darren Aronofsky com Noah (2014). Ela recusou grandes ofertas: de lucrativos negócios de cosméticos a roteiros aclamados pela crítica. (O papel de Emma Stone em La La Land foi feito para Watson.) “Houveram momentos difíceis na minha carreira quando um agente ou produtor de cinema disse: ‘Você está cometendo um grande erro'”, diz Watson. “Mas qual é o objetivo de alcançar um grande sucesso se você sentir que está perdendo a cabeça? Eu tive que dizer: “Gente, preciso voltar para a escola”, ou “Eu só preciso ir para casa e ficar com meus gatos.” As pessoas olham para mim e dizem: ‘Ela está louca?’ Mas, na verdade, é o oposto do insano.”
O que finalmente ajudou a esclarecer seu propósito foi – você adivinhou – a leitura. Em janeiro passado, Watson começou o Our Shared Shelf, seu clube de livros on-line bimestral. Ela usou o Twitter (mais de 23 milhões de seguidores) para escolher o nome, e o livro de Gloria Steinem ‘My Life on the Road’ foi sua primeira escolha.
All About Love: New Visions, de Bell Hooks, foi a escolha de Watson em março de 2016. Watson viajou para Berea, Kentucky, perto das Montanhas Apalaches, para encontrar Hooks, e os dois rapidamente iniciaram uma amizade baseada, nas palavras do escritor, “na crença de um fundamento espiritual para a vida”.
“De muitas maneiras, ela não é como nós pensamos de estrelas de cinema,” Hooks me disse. “Ela é [uma parte] de uma raça nova muito diferente, que está interessada em ser completa e ter uma vida holística, ao contrário de ser identificada apenas com riqueza e fama”.
No início de 2014, a U.N. Women, o departamento de igualdade de gênero das Nações Unidas, entrou em contato com Watson para ela se tornar uma embaixadora. Tudo clicou: ela poderia concentrar os olhos curiosos do mundo em causas que ela era apaixonada, ou seja, uma nova iniciativa chamada HeForShe, que visa conseguir homens para co-assinar sobre questões feministas. Eu estava na audiência na Assembléia Geral em 20 de setembro de 2014, quando Watson, elegantemente e discretamente envolta em um simples casaco cinza da Dior, subiu ao pódio e falou com paixão sobre os direitos das mulheres por pouco mais de 10 minutos. Seu grito de guerra terminou com: “Estou convidando você a dar um passo em frente, a ser visto, e a perguntar a si mesmo, Se não eu, quem? Se não agora, quando?”
“Eu costumava ter medo de palavras como ‘feminismo’, ‘patriarcado’, ‘imperialista’, mas eu não tenho mais”, diz Watson.
“Não era típico para as mulheres da U.N. ter uma celebridade e dar um discurso de abertura”, diz Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da U.N. Women. “Precisávamos de um nova mensageira para abrir novos caminhos para nós. Não queríamos apenas falar com os convertidos. “Watson corou com a ovação de pé e sorriu quando o então secretário-geral Ban Ki-moon se tornou a primeira pessoa a assinar oficialmente a HeForShe. O site da The U.N. Women saiu do ar com a repercussão da mídia —“Um bom problema para se ter!,” Mlambo-Ngcuka diz—e seu discurso foi manchete por todo lugar, da CNN aos blogs de moda. Homens como Hugh Jackman, Jared Leto, Harry Styles, Russell Crowe,e Eddie Redmayne se ligaram à HeForShe. As feministas em todo o mundo anunciaram sua mais nova porta-voz: “Por um tempo, houve uma conversa sobre se o feminismo “era uma coisa boa ou ruim”, diz Mlambo-Ngcuka. O discurso de Watson “nos deu garantia”.
A primeira vez que Watson a versão final de ‘A Bela e a Fera’, ela sua mãe, Jacqueline e Gloria Steinem para uma exibição em Londres. Ela queria a aprovação de sua mãe, mas precisava da de Steinem. “Eu não poderia me importar menos se eu ganhasse um Oscar ou não se o filme não dissesse algo que eu achava importante para as pessoas ouvirem”, diz Watson.
Especificamente, ela deve ter querido garantir que seu retrato de uma princesa da Disney, no filme dirigido por Bill Condon, não tivesse entrado em conflito com os ideais de uma feminista, e quem melhor que Steinem para dar esse selo de aprovação?
Ela conseguiu.
“Foi fascinante que seu ativismo pudesse ser tão bem refletido pelo filme”, Steinem diz, observando que Bela usa – você adivinhou, de novo – a leitura como uma maneira de expandir seu mundo. “É este amor pela literatura que liga primeiro Bela à Fera, e também o que desenvolve toda a história”.
Essa é uma nova Bela, muito dela é projeto de Watson. “Eu estava tipo, ‘A primeira cena do filme não pode ser Bela saindo dessa pequena cidadezinha, carregando uma cesta com um guardanapo branco'”, diz ela.”Temos que mudar as coisas!” No filme original da Disney, Bela é assistente de seu pai inventor, mas aqui ela é uma criadora em seu próprio direito, desenvolvendo uma “máquina de lavar moderna que lhe permite sentar e ler.” Watson trabalhou com a figurinista Jacqueline Durran para incorporar bolsos em seu traje que são “tipo um cinto de ferramentas.” Outra coisa: na versão animada, Bela anda à cavalo usando um vestido longo e sapatilhas de seda, que não agradavam Watson. Forros foram criados e o primeiro par de botas de montaria de Bela. “Os esboços originais a tinham usando sapatos de ballet”, diz Watson, “que são adoráveis - não me interpretem mal – mas ela não vai conseguir fazer nada terrivelmente útil em sapatos de balé no meio de uma vila provincial francesa.”
Amadurecer de Hermione a Bela é uma verdadeira história de se tornar adulta. “Quando terminei o filme, senti que eu tinha feito essa transição de ser uma mulher na tela”, diz ela. Bela é “absolutamente uma princesa da Disney, mas ela não é uma personagem passiva – ela é responsável por seu próprio destino”. O que é mais intrigante, entretanto, é como Watson observou um código similarmente estrito em sua vida real, também, de que papéis ela interpreta ao que ela lê na cama à noite e que roupas ela coloca de manhã.
“Emma tem um incrível senso de integridade”, diz Livia Firth, fundadora da Eco-Age, uma consultoria de moda sustentável. “Você não pode se casar com o ativismo e depois fazer algo em sua vida que não está de acordo.” Firth elogia a escolha do vestido de Watson o Met Gala do ano passado: foi projetado por Calvin Klein e feito quase inteiramente a partir de garrafas de plástico reciclados. Para sua turnê de imprensa de ‘A Bela e a Fera’, Watson criou uma apresentação em PowerPoint que seu estilista enviou aos designers de moda. Ele incluiu um questionário sobre como suas roupas são produzidas, qual o seu impacto no meio ambiente, e a razão moral por que ela deve usar uma roupa assim no tapete vermelho.
Como Steinem honra Watson com altos padrões morais e ativismo implacável, pergunto-lhe se há um risco de se tornar, bem, irritante para o público em geral. Ela é muito de um ético e boazinha demais? Afinal, que outra famosa dá deveres de casa aos designers de moda antes de suas roupas? Steinem não se diverte. “Deixa eu te perguntar uma coisa: se você fizesse uma história sobre um jovem ator homem que é muito reservado e envolvido no ativismo, você acharia ele muito sério? Por que as mulheres sempre têm de ser ouvintes? Emma está interessada no mundo, ela se importa e, embora ela seja aticista, ela também é alegre e informada.” Neste ponto, eu volto -” Eu acho que ela é maravilhosa! “- mas Steinem ainda continua. “Dá pra ser ser séria e divertida, sabe. Essa resposta é a razão pela qual os homens perguntam a uma mulher: “Por que você não apenas sorri, querida?”
O ator Kevin Kline, que interpreta o pai de Bela em ‘Bela e a Fera’, concorda com Steinem. “Quando alguém tem um ponto de vista feminista, tendemos a pensar que ela não é nada divertida”, diz ele. “Mas uma feminista pode ser feminina, delicada, vulnerável, doce – e ainda exigir ser levada a sério. Emma se encaixa perfeitamente.” Um grande sorriso se forma em seu rosto quando ele pergunta, “Alguém já lhe contou sobre a cena de dança? ”
No filme, há um baile, que exigiu o elenco inteiro e dezenas de extras para valsa em trajes antigos por horas e horas. “Depois de um longo, longo dia, de repente a música de Pharrell Williams ‘Happy’ começou a tocar, explodindo, e todo mundo começou a pular”, lembra Kline. “Virou uma espécie de festa celebrando o fim do filme, realmente comemorativa. E eu perguntei, ‘Quem fez isso?’ Foi Emma.”
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Tradução e adaptação por Elisa – Equipe Emma Watson Brasil;